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A Desigualdade de Géneros | Artigo de Opinião

A desigualdade de géneros é um tema que está a ser debatido na actualidade, esta temática pode ser abordada e compreendida de várias formas. O tema desigualdade de géneros pode ser subdividido em tópicos, sendo mais abordados os seguintes tópicos:

Desigualdade Salarial
A precariedade ser superior no sexo feminino
Taxa de desemprego de jovens ser superior no sexo feminino
Os cargos de maior prestigio serem ocupados por mulheres
Assédio sexual no trabalho
Tarefas domésticas recaem, sobretudo, sobre o sexo feminino
Educação e licenças de parentalidade equivalentes


O primeiro tema que abordei foi a desigualdade salarial, "Uma mulher ganha menos 2464 euros por ano do que um homem." esta afirmação foi retirada do jornal electrónico Observador fundado em António Carrapatoso, José Manuel Fernandes e Rui Ramos no dia 19 de maio de 2014.
Na minha opinião, a desigualdade salarial em função do género é fruto da ignorância e do sexismo exercida pelo sexo oposto não aceitando o facto de as mulheres terem um salário equivalente pelo cumprimento das mesmas funções.
Segundo o observador, o "Ministério do Trabalho vai passar a compilar estatísticas anuais sobre a desigualdade salarial entre homens e mulheres por área de trabalho" para que quando se verificasse alguma irregularidade seriam sancionados e questionados devido às suas ações, apesar de ser uma acção louvável por parte do Ministério do Trabalho penso que o bom senso deveria prevalecer sobre as leis, dessa forma não seria necessário a criação de leis para controlar esta desigualdade salarial.

Com base no Diário de Notícias "a diferença salarial entre homens e mulheres em Portugal é de 16,7%. Em média, a desigualdade implica uma quebra de rendimento de 2464 por ano para as mulheres. Nos cargos de chefia a diferença é ainda mais clara: as mulheres recebem, em média, menos 9 mil euros por ano do que os homens.".
Apesar de muitas pessoas considerarem a desigualdade salarial uma realidade, outras consideram ser apenas algo ilógico e infundamentado, conspirações de partidos de esquerda ou até a luta pelos direitos iguais da mulher que os mesmos consideram ser um aproveitamento do sexo feminino sobre o sexo masculino para superarem o sexo masculino.
A igualdade salarial traria uma alteração na constituição das famílias e da sociedade em geral, deixando de ser maioritariamente patriarcal para ser uma sociedade em que o poder económico, social e moral seja equitativamente distribuído o que afectaria os seus ideais machistas e a sua concepção de ver o mundo e a sociedade.

O segundo tema que abordei foi o facto da precariedade ser superior no sexo feminino. Este tema é sensível e muitos divergem as opiniões e dificilmente se consegue obter um consenso porque muitos afirmam que o facto da precariedade ser superior no sexo feminino devido à falta de instrução e de capacidade de trabalho das mulheres, esta afirmação é ardilosa, os dados falam por si e segundo a PORDATA (Base de Dados de Portugal Contemporâneo) as mulheres são o género que maior acesso ao ensino têm.

                                     
Este facto é devido ao patronato decidir as suas contratações baseados no estado civil, licença maternidade, filhos pequenos, entre outros parâmetros que não avaliam as competências e sim outros factores que deviam ser irrelevantes para a contratação de um individuo. Como citei anteriormente, a selecção dos funcionários de uma determinada empresa é realizada com base em factores que deveriam ser considerados irrelevantes mas que infelizmente são considerados importantes na hora da contratação e como tal uma mulher que pretenda ter filhos em breve pode não ocupar uma posição na empresa mesmo que tenha as qualidades necessárias e ser substituída por um homem com menos capacidades mas só pelo facto de ser homem fica com a vaga visto que não pode engravidar por exemplo.

O terceiro tema que abordei foi o facto de a taxa de desemprego de jovens ser superior no sexo feminino, este número pode ser justificado com base no que citei no segundo tema, ou seja, por motivos de ignorância que levam a actos sexistas mesmo que involuntários por vezes. 


O quarto tema que abordei foi o facto dos cargos de maior prestigio serem ocupados por mulheres, na verdade este é um tema polémico que leva ao confronto de ideias que sustentam teses sobre o porquê das mulheres superarem os homens neste quesito.
Por exemplo, qualquer emprego que necessite de uma determinada exposição como por exemplo, o jornalismo, tudo que rodeia o cinema, a musica e as artes.
As mulheres são objetificadas pela sociedade patriarcal machista e isso leva a serem contratadas pela sua aparência e não pelos seus conhecimentos ou formação enquanto pessoa, porque consideram mais apelativo uma pessoa que seja vazia de conhecimento e cheia de beleza. Eu considero isto inadmissível num país que consideramos ser desenvolvido não pela sua economia e sim pelos seus valores e respeito pelos direitos humanos, a objetificação do ser humano deve ser encarada como o caminho para o assédio sexual no trabalho que vou citar no próximo tema.




O quarto tema é o assédio sexual no trabalho, em Portugal é referido no artigo 29º do Código do Trabalho como uma contra-ordenação muito grave e quando o assédio sexual consiste num ato de abuso de poder que implica um ato sexual, ele constitui-se como crime, e é punido com uma pena de prisão até dois anos, segundo a Lei n.º 59/2007.
O que pode ser considerado assédio sexual:
  • Olhares insinuantes;
  • Piadas ou comentários ofensivos de carácter sexual;
  • Piadas ou comentários ofensivos sobre o aspecto e o corpo;
  • Convites para encontros;
  • Propostas verbais ou escritas explícitas de natureza sexual;
  • Telefonemas, cartas, sms, e-mails ou imagens de carácter sexual ofensivos;
  • Perguntas intrusivas sobre a vida privada;
  • Contacto físico indesejados (tocar, mexer, agarrar, apalpar, beijar ou tentar beijar);
  • Agressão ou tentativa de agressão sexual;
  • Pedidos de favores sexuais associados a promessas de melhoria no trabalho.

O assédio sexual já foi vivido (e confessado) por 12,6% da população ativa de Portugal. As suas vítimas são predominantemente femininas (14,4% de mulheres contra 8,6% de homens) e jovens (até aos 34 anos).

Estes dados foram retirados do site economias que comprovam a veracidade deste tema, embora muitos achem que após o século XXI estes casos deixaram de existir.

O quinto tema que abordei é o facto das tarefas domésticas recaem, sobretudo, sobre o sexo feminino.
Não é novidade que no passado as mulheres fossem encarregadas dos trabalhos domésticos visto que não trabalhavam (com empregos com salário fixo) mas desde metade do século XX que estes acontecimentos são desfasados da realidade visto que a mulher ganhou a sua independência e liberdade económica após o 25 de Abril de 1974.
A maior parte dos homens recusam-se a partilhar os trabalhos domésticos porque consideram que esses tipos de trabalho pertencem à mulher e por motivos machistas recusam-se a realiza-los sobrecarregando o sexo feminino com trabalho extra não remunerado que retira grande parte do seu tempo livre.

O ultimo tema que decidi apontar foi o direito da educação e licenças de parentalidade equivalentes.
Apesar de a sociedade ser patriarcal a tarefa de educar os filhos recai sobre a mulher, "À mulher está associado um papel de apoio à família muito maior do que aos homens: quando há um problema familiar, de apoio a um filho ou a alguém de família. Essa percepção faz com que o empregador assuma que, à partida, a mulher irá ter descontinuidades maiores na vida profissional e, portanto, acaba por preferir homens na hora de contratar ou promover” [Exerto retirado do JPN].

Na minha opinião penso que as tarefas deviam ser divididas de uma forma equivalente mas não deviam criar leis para obrigar a divisão e devia-se palestrar com os jovens que serão os pais do futuro sobre a importância de ter uma divisão correta da educação e licença de paternidade/maternidade para um futuro melhor e consequentemente para contribuir para uma sociedade melhor.

Para saber uma opinião verdadeira da população em geral sobre a desigualdade de géneros reuni a equipa do meu jornal, Forte Opinião e elaborei um inquérito anónimo onde várias pessoas podiam dar a sua opinião sobre o tema sem expor a sua identidade e o resultado surpreendeu-me porque ainda exista uma parte da população que afiram que este tema é uma invenção da sociedade actual que problematiza com tudo e refugiam-se no argumento de vivermos na ditadura do politicamente correto.
O inquérito depois que foi elaborado  foi partilhado nas redes sociais e em grupos para que pessoas de várias realidades pudessem dar a sua opinião, ou seja, tentei ser o mais imparcial na partilha do inquérito e em 3 dias obtive 5082 respostas.

Resultados do Inquérito






Rúben Baptista

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